quarta-feira, 10 de outubro de 2012

It's over now.


Olha, eu realmente tentei. Eu fiz de tudo.
Fingi que você nem existia mais. Me superei, de verdade. Consegui não pensar em você o dia inteiro. Consegui parar de te ver em todos os lugares que eu ía. Comecei a parar de lembrar de você toda vez que tocava nossa música no rádio. Comecei a não te querer mais. Comecei a pensar somente nos teus defeitos. Comecei a ter nojo de você. Comecei a acreditar que eu conseguiria alguém melhor e que você não é insubstituível. Comecei a pensar em planos para fazer sozinha, sem precisar de um companheiro. Comecei a sair para fazer compras sem ter que perguntar que cor ficaria melhor ou se aquela calça jeans estava apertada demais. Comecei a ir ao cinema com os amigos e não me debruçar em cima deles no meio do filme, quando eu estivesse cansada. Comecei a ir naquela festa que você achava insuportável e que eu amava, mas não ía, porque não queria te contrariar. Comecei a não assistir mais o futebol de quarta-feira que nós costumávamos comentar depois da novela. Passei a ver filmes de terror, porque as comédias românticas não faziam mais sentido pra mim. Eu comecei uma vida nova.
Eu não te tenho mais. Eu queria te ter, sabe? Queria que você fosse meu pra sempre, ou pelo menos pela vida inteira. Mas não gosto de nada pela metade, de ninguém que não queira se doar, que queira gastar tempo conversando sobre besteiras. Olha, se bobear, eu acho que eu até te amei. ATÉ. Pode ser. Nem sei o que é esse negócio de amor. Eu nem sei como é que ele funciona. Mas que você foi um vendaval na minha vida, isso eu nunca posso negar.
Preciso agradecer? Ou devo apenas sorrir e sumir da sua vida, como uma lady, uma lady que vai segurando o choro pelo caminho inteiro e não vê a hora de encontrar um travesseiro e chorar e aliviar toda a dor.
Ninguém é de ferro.
E eu não sou uma exceção.
Seja feliz.

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