sábado, 13 de agosto de 2011

Diário de Viagem - Brasília 2011




11 de Agosto de 2011.
Passei o dia em casa. Até ia sair pra encontrar o tio Veco, mas amanhã de manhã tenho que ficar com a Camila. Acho que já está na hora de voltar pra Belém... Não quero mais incomodar aqui. Eles me tratam super bem, mas acho que visitas são no máximo por uma semana. Passou disso, já é abuso. Estou sem dinheiro. Tudo aqui é tão caro... Mas ao mesmo tempo, não quero ir... Quero ficar mais porque eu gosto muito da paisagem que BSB me mostra... Sou mais tranqüila aqui... Mas sou muito só e depressiva.
Conversei bastante com a Gisa pelo celular hoje de tarde e agora a noite a Luana me ligou, lá de Fortaleza. Minha amiga está feliz, mas não é o suficiente. Ela pensa muito no Nilton. Eu a entendo. Eu brigo com ela, mas eu sei o quanto é fácil falar pra uma pessoa esquecer a outra. E eu sei o quanto é difícil conseguir fazer isso. Só quero que ela seja feliz. Não gosto do Nilton pelo simples fato de que ele não a assume. Isso me deprime. Assim como eu, ela precisa de alguém que grite aos quatro ventos que gosta da gente e que quer ficar conosco em todos os momentos. Mas tá difícil né? =/ Enquanto isso, eu continuo com meu caso com o Roberto. Eu gosto dos momentos que passamos juntos, apesar de algumas vezes preferir o silêncio dele do que algumas palavras que acabam saindo como facas... Mas enquanto ele me respeitar, eu vou ficar com ele. Não tenho nada a perder, nem nada a ganhar, talvez. Mas somos amigos.
Hoje conversamos o dia todo por msg, e a noite pedi que ele me ligasse. EU disse que ia embora na quarta. Ele pareceu meio triste. Mas depois contei a verdade e falei que só vou no dia 19. Conversamos, como todos os dias, nossas intimidades, nossos desejos, nossos medos, nossas coisas do dia-a-dia. Eu não sei o que é isso. Não quero rótulos. Sexo sem compromisso? Pode ser... Estou indo contra o que Deus quer pra mim.
Perdão, Senhor, e obrigada por tudo o que tens feito por mim.   Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011



10 de Agosto de 2011
Boa noite =) Hoje fomos ao cinema, eu, titio Ronaldo, Camila e Adilsa. Eu entrei com a Camila para assistir “Os Smurfs” e o titio e a Adilsa entraram para assistir “Assalto ao Banco Central”. O cinema escolhido foi o Kinoplex do Park Shopping, provavelmente o mais perto daqui de Santa Maria e um dos melhores também. Só não gosto muito das pessoas que o freqüentam... A maior parte são patricinhas e playboys. Sinceramente, cansei de gente assim. Me dá nojo. Claro, com suas exceções.
Liguei pro Roberto, como de costume. Conversamos nossas intimidades, brigamos um pouco, ficamos calados... e nos desejamos muito. Talvez seja por causa dele que eu esteja querendo tanto voltar logo pra Belém. Não quero me apegar, não quero ficar pensando nele. Ele me atrai, fato. Mas não o amo. Não sou extremamente apaixonada por ele. Mas não queria que isso acabasse por aqui.
Obrigada, Meu Deus, pela minha vida.  Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011




9 de Agosto de 2011
Ô coisa boa acordar tarde... Tenho que aproveitar esses últimos dias aqui em BSB.Hoje eu não fiz muita coisa. Tirei o dia pra descansar mesmo. Fomos jantar ali no Baiano, uma comida mineira maravilhosa: galinhada com feijão tropeiro. Simplesmente deliciosa e barata. Tô com saudade de Belém. Tô com saudade da minha chuva do meio-dia. Tô com saudade do calor humano. Tô com saudade da minha cama, do meu quarto bagunçado, da minha Madonna linda miando às 06hs da manhã, e principalmente, to morrendo de saudade da minha família. Até da cara feia que a minha vó faz pra mim eu tenho saudade. Cada dia que passa me apego mais a eles. EU amo tanto aquelas pessoas, só que não digo isso pra eles. E ultimamente, nem demonstrado tenho.  Quero voltar.  Cansei daqui.
Obrigada, Meu Deus, pela minha família.   Amém.

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8 de Agosto de 2011
Acordei cedo, às 09:00. Tomei banho, fiz chapinha, tomei café, assisti TV e liguei pro tio Veco pra confirmar nosso almoço no Brasília Shopping. Cheguei no Shopping às 11:45, certinho. Fiquei esperando o titio na livraria Saraiva. Acabei comprando “A megera domada”, do Shakespeare. Minha cara esse livro. FATO. Depois encontrei o titio e fomos almoçar num restaurante. Nem consegui comer toda a comida. O que tá acontecendo comigo? Tenho certeza que isso não é normal. Depois do almoço fomos dar uma volta pelo shopping e encontramos um sofá pra sentar. Relaxamos um pouco até que o Roberto me liga e pergunta se ele podia passar lá pra me buscar. Eu aceitei, é claro. Uns 10 minutos depois, ele passou lá e me pegou. Bem estranho encontrar ele. Parece que sempre é a primeira vez. Ele já não é mais tão bonito quanto eu achava, mas continua cheiroso do jeito que eu gosto. Entrei no carro e fomos conversando. Ele falava mais do que eu. Estranho, né? Eu, que sou falante, perco minhas palavras quando ele tá perto. Acho que é porque ele não merece muito as coisas interessantes que eu falo. Brigamos um pouco, pra não perder a emoção, e fomos direto pro Park Way. Foi um momento muito bom. Nossos encontros são sempre muito prazerosos, em todos os sentidos, graças a Deus. Nos damos muito bem, mesmo sabendo que tudo morre ali. Algumas coisas que ele fala, me deixam meio pensativas do tipo “ o que eu to fazendo com esse menino?” ou então “ por que ele não cala a boca?” . Tem coisas que eu não preciso ouvir, sério. Assim como tem coisas que eu digo que ele não gosta muito. Mas ele merece. Quando saímos de lá, já quase perto da minha descida, começou a tocar “Talking to the moon”, na rádio. Ele segurou a minha mão e começou a cantar. E aconteceu o que eu previa: me lembrei do Márcio. Isso foi bem trash. Bem estranho. Mas eu sabia que essa música lembrava uma só pessoa, que não era o Roberto e nunca será. Sabe que cada pessoa na sua vida tem uma música né? A do Roberto é Save me , dos Hansons. A do Márcio é Talking to the moon. E ninguém vai mudar isso. Nem um momento de romantismo do Roberto. Ele parou o carro quando chegou a minha parada, nos beijamos e eu desci. Pensando no Márcio.  Quando cheguei em casa, mandei msg pro Roberto, conversamos... Mas depois mandei msg pro Márcio e contei tudo. Ele é uma das pessoas que eu mais confio no momento. Ele é um grande amigo. Liguei pro Roberto a noite, e ele não atendeu, dane-se. Obrigada, Meu Deus, pelo dia.   Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011




7 de agosto de 2011
Hoje todo mundo aqui na casa do titio acordou tarde. Como é domingo e a Adilsa não estava afim de cozinhar, fomos almoçar no Antoniu’s, um restaurante super tradicional aqui em Santa Maria, que desde a primeira vez que vim a BSB eu como nele. E olha que faz tempo, viu? Quando voltamos, a casa ficou um silêncio total. Todos dormiram.  Acordei às 17:30 pra me preparar pra ir a missa, afinal, hoje é dia de agradecer à Deus pela semana, pela viagem, pelo show, por tudo.  Quando voltei, liguei pro Roberto. Pode parecer que estou correndo atrás dele, mas pensa comigo,  a gente quase não se vê, e ainda vou ficar me fazendo de difícil? O nosso caso não passa de sexo sem compromisso, e eu ainda vou continuar me fazendo de difícil? Quando eu tiver vontade VOU LIGAR, SIM! Não vou ficar segurando vontade por ele pra chegar em Belém e me arrepender. Dane-se o que ele pensa. Liguei, falei minhas vontades, o que eu quero, e acho que vamos nos ver amanhã. Se for pra ser, será.
Obrigada, Meu Deus, pelo domingo.   Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011






6 de Agosto de 2011
Hoje nós fomos fazer churrasco no clube Cassab. Amo aquele lugar. Fico sentada no cais, olhando o lago... Olhando as mansões do Lago Sul... Olhando os barcos, o campeonato de  barco a vela... Eu fico imaginando o que seria de BSB sem esse lago. Seria nada. Seria uma cidade meio feia, sem graça. Porque o lago trás a sensação de natureza verdadeira, mesmo que seja artificial. O churrasco foi perfeito. Me diverti muito, sério. Comi carne pra caramba, olhei os meninos lindos de BSB, só pra não perder o costume. Pensei no Roberto. Pensei no Márcio. Pensei na minha vida. Pensei no quanto eu gostaria que meus amigos estivessem comigo naquele momento. O quanto eu queria que a minha família estivesse comigo naquele momento. Sinto saudades, sou um ser humano.  Voltamos tão cansados do churrasco que dormimos. Acordamos só pra ir ali tomar um caldo e voltamos a dormir.
Obrigada, Meu Deus pelo dia.  Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011





4 e 5 de Agosto de 2011
Um show perfeito. É isso o que eu tenho a dizer do dia de hoje. Na verdade, estou escrevendo no dia 5, já que depois do show eu fui dormir na casa da minha amiga Ana Clara. A Avril Lavigne é linda. Chorei o show inteiro. Liguei pros amigos durante o show. Queria que eles compartilhassem a felicidade que eu estava sentindo.  A família da Ana Clara me recebeu super bem. Ela mora lá em Sobradinho, bem longe de Santa Maria.
Obrigada, Meu Deus pelo show.   Amém.

Diário de Viagem - Brasília 2011


Oi=)
Faz tempo que não escrevo aqui, né? Mas resolvi passar pra vocês o meu diário de viagem. Tô no Distrito Federal, povo! Sabe que aqui é o meu refúgio. Longe né? Mas eu me sinto bem aqui. Gosto do clima, das pessoas estranhas, dos meninos bonitos. Só não gosto da lembrança chamada Roberto, que ainda não é uma lembrança porque ainda vivo, mas quando eu parar de viver com isso, tudo será muito bem lembrado.




3 de Agosto de 2011
Tô em Brasília!!!
Roberto me ligou hoje de manhã cedo me acordando, como ele tem feito há uns três dias. Meu vôo saia de Belém às 10:40, eram 08:00 e eu ainda estava dormindo, rsrs. Cheguei em São Luís e fui almoçar com a tia Lessandra e a tia Lídia. Elas me receberam super bem e eu descansei um pouco antes de pegar o avião das 15:40 pra Brasília. Saímos de casa às 14:30, minha mãe já estava super preocupada porque estava com medo que eu perdesse a hora de viajar. Mas graças a Deus cheguei a tempo no aeroporto. Tão a tempo que o avião atrasou. Eu, como sempre, morrendo de nervosa, puxei logo assunto com um homem que estava a meu lado no avião, um homem negro, simples, parecia ser bem humilde. Ele dizia que estava indo pra São Paulo porque arranjou um emprego de vendedor lá. E eu pensei com os meus botões: “ Mais um nordestino que vai pra São Paulo tentar a vida.”. Que Deus lhe dê boa sorte. Com certeza ele tinha uma família pra sustentar.
Cheguei em Brasília às 18:25. Ainda fiquei no aeroporto esperando o tio Veco e a Adilsa. Fiquei sozinha esperando eles. Meio perdida. Confusa. Mas cheguei super bem, graças a Deus. Roberto ainda não me ligou, desde que cheguei. Eu liguei,mas ele não atendeu. Acho que exagerei nas tentativas, mas que se dane. Ele devia estar com outra, só pode. Parece que não se importa com a minha presença nessa cidade. O que eu posso fazer? Aproveitar minha vida.
Obrigada, Meu Deus pela viagem.   Amém.