quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que eu precisava falar sobre ele




                Eu nunca pensei que alguém gostaria de mim. Eu nunca pensei que alguém fosse me pedir pra ficar, quando eu dissesse que ía embora. Daí, eu encontrei essa pessoa, mas nunca pensei que fosse tão complicado. Às vezes eu queria nunca tê-lo conhecido.


Aquela terça-feira era só mais uma terça-feira. Eu continuava com todos aqueles conceitos sobre gostar de alguém, sobre ser independente e moderna, sobre achar que os homens devem ser apenas objetos e blá blá blá. Olha quanta tolice! Reclames de mal amada. Eu realmente acreditava no amor, nessas coisas de gostar das pessoas e aceita-las do jeito que elas são. Mas ninguém podia saber. Eu precisava fazer a capa de durona. Pra quem mesmo? Nem sei. Ninguém precisava saber o que eu realmente sentia: eu me sentia completamente vazia, com um coração vazio, com uma mente totalmente voltada para a carreira.
Aquele cara era só mais um cara. Na verdade, eu achava que era. Naquele momento era apenas alguém que eu pretendia “investir” pra não dar em nada. Mas eu me enganei. Acabei subestimando a ideia de me apaixonar perdidamente. A partir daquele momento, eu estava totalmente fodida.
Não. Talvez eu não esteja arrependida, mas dói um pouco. Ele pode ter sido e ser a melhor pessoa que apareceu na minha vida, mas eu acredito que exista alguém melhor. Ainda tem coisas que eu gostaria que ele fizesse, mas não posso obriga-lo. Infelizmente, ele pensa que é fácil esquecer palavras ruins que ele deixou sair. Sempre dá a mesma desculpa de que falou por instinto. Que instinto é esse, então que me massacra com poucas sílabas, que me deixa triste e pensativa por muitos e muitos dias? Tudo bem, ele diz que nunca teve um relacionamento assim, que eu sou diferente e etc. Mas isso não me convence e cada dia eu duvido mais do que ele diz.
Mereço alguém melhor. Não basta só gostar de mim.