segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Amor de carnaval... Parte I

Noite estranha. Já passa da meia-noite e eu já estou deitada. Esse não é o momento em que eu costumo me deitar. Não em pleno domingo. Mas eu me deitei porque eu quero fugir. Depois de uma semana cheia de idéias, de sonhos, de desejos desfeitos, é na minha cama que eu encontro abrigo.
Eu poderia muito bem ficar com esses pensamentos idiotas para o resto da vida, mas eu preciso esquecer. Estou cansada. Estou com fome. O lado ruim de morar sozinha é não ter comida pronta. Estou triste. Ferida. Não sei se estou me amando o tanto quanto eu deveria. O caso é que eu preciso me distrair com algo, com alguém.
Mês passado, na véspera do carnaval, eu estava feliz solteira. Pela primeira vez eu posso realmente assumir que ser solteira tem seus lados bons. E naquele momento eu estava vivendo esse lado. Mariana, minha companheira de faculdade, me convidou para passar o carnaval em Salvador. Eu relutei já que nunca fui do tipo que gosta de festas como essa, mas acabei aceitando. E partimos num ônibus bem capenga, sem ar-condicionado, sem banheiro. A distância de Brasília até Salvador é bem indecente e a viagem foi simplesmente horrível. Depois de muitas horas dentro daquele ônibus horrível, chegamos a rodoviária e dois parentes da Mariana nos esperavam, um primo de sei lá quantos graus e a tia. Sorridentes, eles nos receberam com muita alegria. Mariana me apresentou os dois e quando olhei aquele moreno lindo, acreditei que esse carnaval seria inesquecível. E realmente foi. No mesmo dia, fomos a uma festa estranha com gente esquisita. Bruno, o primo da Mari, foi com a gente, e super prestativo, nos apresentou aos amigos do local. De verdade, a maioria das pessoas que estavam lá, vieram de outros estados. Não tinha praticamente nenhum baiano. Até o Bruno não era da Bahia, era um moreno com olhos claros bem atípico.

         O caso é que no meio daquele povo todo, eu acabei tomando umas doses a mais e sentei em um sofá e no mesmo instante, ao meu lado, sentou o Bruno. Eu definitivamente não sei o que me deu, mas quando percebi, eu estava aos beijos e amassos com ele naquele sofá, sem me importar com quem estivesse ao redor. Que menino maravilhoso. Que boca era aquela? Acho que por estar há uns seis meses sem sequer beijar um homem, aquele momento parecia a abertura do paraíso. Mas o que eu acabei abrindo foi outra coisa...

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